A Copa do Mundo de futebol feminino começou na Austrália e na Nova Zelândia. E a FIFA, temendo perder o controle sobre algo que ela não tem controle, determinou o que pode e o que não pode. Não estou falando de regras esportivas – estas são fundamentais, tornam o jogo justo para quem for jogá-lo. Falo de lutas históricas, falo da busca por respeito e aceitação da comunidade LGBTQIA+ não só no futebol, mas no planeta.
Gianni Infantino e sua turma, num gesto que compõe o arcabouço das ações de oportunismo, “concederam”, determinando tarjas de capitãs “que podem” ser exibidas pelas atletas. São frases genéricas e de fácil concordância (todas começando pela ideia de que devemos nos unir em torno dessas lutas), como “fome zero”, “povos indígenas”, “educação para todos”, “igualdade de gênero”, “paz” ou “fim da violência contra a mulher”. Muito bem! Mas, como na Copa do Catar, vetaram a que verdadeiramente tem a força de uma onda poderosa e transformadora: “One Love” (“Um só Amor”, em tradução livre).
Do que eles têm medo?