VESTIR A VELHA CAMISA

Autor(a):

Resultado de imagem para imagens de Pelé
Pelé e Rivellino

Tostão é Cruzeiro e Copa de 70.

Já Dirceu Lopes será sempre Cruzeiro. E, por ter jogado na mesma posição e época de Pelé, foi vítima das injustiças cometidas pela camisa canarinho contra grandes craques.

Nelinho é da Seleção Brasileira, mas poderia ter sido só do Cruzeiro, caso do bailarino Joãozinho.

Ademir da Guia sempre foi Palmeiras, assim como Dudu e César. Leivinha é também Palmeiras, mas sua passagem pelo São Paulo o deixou menos verde.

Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca eram a defesa do Verdão, o time que papou todo mundo na primeira metade da década de 1970.

Zico é Flamengo. Assim como Carlinhos, Liminha, Nelsinho, Reyes, Júnior, Adílio e Júlio César (os dois). Mas Zico é o “sublime aprimorado”.

Doval poderia ter sido só Flamengo, mas vê-lo com a camisa tricolor o deixou mais argentino.

Paulo Cézar é Rio de Janeiro e Seleção, embora tenha sido campeão mundial com o Grêmio. Defendeu o Olympique de Marselha e nos provocou a afirmação: “Caju foi ganhar dinheiro, porque jogar no futebol francês é mole.” Paulo Cézar é Botafogo, mas ficou lindo com o uniforme do Flamengo e deixou saudades com a camisa da máquina fluminense.

Afonsinho foi da vida pública, do sindicato, do Olaria e do Botafogo, da luta pelos direitos trabalhistas dos atletas, do Santos de Pelé e do Flamengo, enquanto enfrentava a ira e a mediocridade dos cartolas. Afonsinho é vasto.

Wladimir é do Corinthians e da Fiel – e o seguirá sendo até depois de sempre. Já Sócrates tentou compreender um amor louco e, de calcanhar, rendeu-se à paixão de uma nação.

Marcão é abertamente Palmeiras, enquanto Rogério respira “seu” Tricolor.

Cláudio Adão é um cavalo de corrida em câmera lenta. Pela minha lente, ele é Flamengo e Santos, porque quem se entende com Pelé merece um lugar na galeria dos príncipes.

Edu é Santos e fera de Saldanha. E foi o ponta-esquerda mais espetacular que vi jogar, aquele que me proporcionou os maiores encantamentos em um estádio de futebol.

Clodô é a tradução da classe santista – Lima e Mengálvio também. Já Pepe é uma bomba na praia.

Gérson é Fluminense, Botafogo e Seleção Brasileira na Copa de 70. Lançava como se fosse dono da distância entre ele e o companheiro-fim. Não há mais ninguém no planeta bola que faça o que ele fazia.

Roberto Dias é São Paulo puro.
Serginho Chulapa, Pita e Toninho Guerreiro dividem o amor de SanSão.
Roberto Miranda é Botafogo, assim como Jairzinho, Nílton Santos e Manga – mas Manguinha também é muito Internacional e Copa 66.
Rondinelli é o deus da raça rubro-negra. E isso o tornou jogador médio de qualquer outro time.

Maradona é argentino, Nápoli e Copa do Mundo.
Romário é Copa do Mundo, Vasco e Flamengo. E é Brasil 2×0 Uruguai num Maracanã entupido de gente buscando Romário.
Ronaldo Nazário é Brasil e Copas. É magro-adolescente no Cruzeiro, joelho e assombro lá fora, gordo-fenômeno no Corinthians.

Careca é São Paulo, Nápoli e Guarani-moleque.
Roberto é puro-sangue Vasco da Gama.
Reinaldo é só Galo e todas as Copas que não o quiseram.
Rivaldo é Barcelona, Palmeiras e Seleção.
Rivellino é Corinthians e Brasil. E é Fluminense de quem chorou de felicidade no biênio 75/76.

Messi é Barcelona e talvez fique por aí – a Argentina pouco sorriu pra ele.
Cristiano Ronaldo foi o rei do Madrid, mas seu narcisismo…
Ronaldinho Gaúcho não é de ninguém e soube aproveitar o que tinha em excesso. E essa habilidade lhe rendeu o aplauso (de pé) de um estádio encharcado de adversários.

Neymar, craque, é Santos, uma Seleção pobre (e sempre criticada) e interrogações.

Cruyff foi um revolucionário holandês que cegou Zagallo. Serviu no Ajax e levou pra casa a Copa de 74.
Zidane é um mágico que destroçou o Brasil.
Beckenbauer é líbero, Alemanha e centenas de Copas.

E Pelé, além de Santos e Brasil, tornou-se Deus antes de partir.

(para meu amigo Vareta, que me perguntou se o Rivellino era Fluminense)

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *