A COPA DO RESPEITO

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A Seleção Brasileira feminina joga contra a França, amanhã, na Austrália. Ôba! Eu quero ver bola e (adoraria) celebrar a vitória. Mas o que eu quero mesmo é me deliciar com uma partida de futebol entre pessoas que se respeitam e sabem que a disputa se trata apenas e tão somente de um jogo de futebol. Quero sentir prazer ao ver atletas que não cercam a árbitra, intimidando-a e até colocando em risco sua integridade física, como faz a maioria dos homens. Quero ver uma disputa limpa dentro da área, sem simulações nem agressões verbais entre as personagens que estão no palco. Quero ver a atleta preocupada com a adversária que se contundiu num lance com ela. A solidariedade pode estar em todos os cantos do campo e fora dele, nas entrevistas, nos contatos em hotéis, nas ruas.

As mulheres podem fazer tudo isso. E será uma lição de vida para todos nós – a começar pelos jogadores que se recusam a deixar a adolescência, como se o futebol fosse a ribalta mais propícia para revelarem toda a sua macheza e imbecilidade. Acordem, garotões! O mundo está se transformando, e as mulheres vão dividir sim todos os espaços que quiserem. Sejam eles ocupados só por homens ou não.

Ficarei muito feliz se as meninas brasileiras voltarem da Oceania com a medalha de ouro no peito. Mas já sei que a maior conquista estará nas relações humanas, onde podemos encontrar amor, e não ódio entre adversários.

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